Senna Irritado - Suzuka 1990



Explicação prévia:
No ano de 1989, Senna e Prost disputavam o título da temporada ponto a ponto. Até a penúltima prova do campeonato, Prost havia conquistado uma vantagem confortável em relação ao brasileiro, que estava em segundo na classificação. Faltando duas provas para o fim da temporada, Senna precisava terminar o Grande Prêmio do Japão à frente de Prost para se manter vivo na disputa pelo título.

Prost largou em primeiro com Senna em segundo. Os dois pilotos mantiveram suas posições e se distanciaram do pelotão que vinha atrás. Na metade de corrida, Senna tentou ultrapassar Prost na última chicane antes da reta. O francês não se intimidou e jogou seu carro sobre o de Senna, a fim de evitar a ultrapassagem. Os dois carros colidiram e saíram da pista. Prost abandonou a prova, mas Senna, com muito esforço, conseguiu voltar à pista. Ele foi aos boxes, trocou o aerofólio dianteiro e saiu dos boxes em segundo. Nas últimas voltas, ainda coseguiu superar o italiano Alessandro Nannini e terminou o GP em primeiro.

Contudo, o direitor de prova decidiu desclassificar Senna, por ele ter cortado a chicane para voltar à pista depois da colisão com Prost. Nannini foi declarado vencedor. Senna perdeu a prova e o título.

O vídeo:
No ano seguinte, durante o briefing para o GP do Japão, o diretor de prova explicou aos pilotos que, em caso de acidente na última chicane eles teriam de retornar à pista pelo mesmo lugar de onde saíram.

Piquet discordou da decisão e argumentou que voltar à pista no sentido contrário ao do tráfego seria perigoso. O diretor, então, pediu a opinião dos demais pilotos: todos concordaram com a tese de Piquet. Diante disso, o diretor decidiu mudar a regra e pôr em prática o segerido por Piquet. Senna, revoltado com a decisão, retirou-se do local. Em 1989, ele foi desclassificado com base nesta mesma regra. No ano seguinte, Piquet, os demais pilotos e até o diretor de prova corroboram a atitude tomada por Senna, pois seria inviável voltar à pista sem cortar a chicane.

Esta foi apenas uma das muitas injustiças cometidas na história da Fórmula 1.

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